Dentro da rede urbana , as cidades são os nós de sistemas de produção e distribuição de mercadorias e prestação de serviços diversos , que se organizam segundo níveis hierárquicos distribuídos de forma desigual pelo território. Por exemplo, o Centro-Sul do país possui uma rede urbana estruturada com grande número de metrópoles , capitais regionais e centros sub-regionais bastante articulados entre si. Já na Amazônia , as cidades são esparsas e bem menos articuladas , o que leva centros menores a exercerem o nível de importância da hierarquia urbana regional que outros maiores localizados no Centro-Sul. Como já vimos , outro fator importante que devemos considerar ao analisar os fluxos no interior de uma rede urbana é a condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população. Um morador rico de uma cidade pequena consegue estabelecer muito mais conexões econômicas e socioculturais que um morador pobre de uma grande metrópole. Como a mobilidade das pessoas entre as cidades da rede urbana depende de seu nível de renda , os pobres que procuram e não encontram o bem ou o serviço de que necessitam no município onde moram acabam ficando sem ele. Segundo o IBGE , as regiões de influência das cidades brasileiras são delimitadas principalmente pelo fluxo de consumidores que utilizam o comércio e os serviços públicos e privados no interior da rede urbana. Para realizar o levantamento para a elaboração do mapa que foi investigada a organização dos meios de transporte entre os municípios e os principais destinos das pessoas que buscam produtos e serviços (mercadorias diversas , serviços de saúde e educação , aeroportos , compra e venda de insumos e produtos agropecuários e outros). A disseminação do acesso ao sistema de telefonia , o aumento no número de pessoas conectadas à internet , a modernização do sistema de transportes e a ocupação de novas fronteiras econômicas vêm modificando sustancialmente a dinâmica dos fluxos de pessoas , mercadorias , serviços e informações pelo território nacional.
1¤Metrópoles - São os 12 principais centros urbanos do País e foram divididas em três subníveis , segundo o tamanho e a capacidade de polarização:
a-Grande metrópole nacional - São Paulo, a maior metrópole do País (195 milhões de habitantes , em 2007) , com poder de polarização em escala nacional; b- Metrópole Nacional - Rio de Janeiro e Brasília (11,8 milhões de habitantes, respectivamente , em 2007), que também estendem seu poder de polarização em escala nacional , mas num nível de influência menor que São Paulo;
c- Metrópole - Manaus , Belém , Fortaleza , Recife , Salvador , Belo Horizonte , Curitiba , Goiânia e Porto Alegre , com população variando de 1,6 (Manaus) a 5,1 milhões (Belo Horizonte) , são regiões metropolitanas que têm poder de polarização em escala regional.
2. Capital Regional - Neste nível de polarização encontramos 70 municípios com influência regional.
É subdividido em três níveis:
a. Capital Regional A - Engloba 11 cidades , com média de 955 mil habitantes.
b. Capital regional B - 20 cidades , com média de 435 mil habitantes;
c. Capital Regional C- 39 cidades , com média de 250 mil habitantes.
3. Centro sub-regional - 169 municípios com serviços menos complexos e área de polarização mais reduzida , são subdivididos em :
a. Centro sub-regional A - 85 cidades , com média de 95 mil habitantes;
b. Centro sub-regional B - 79 cidades, com média de 72 mil habitantes.
4. Centro de zona - 556 cidades de menor porte que dispõem apenas de serviços elementares e estendem seu poder de polarização somente nas cidades vizinhas. Subdivide-se em:
a. Centros de Zona A- 192 cidades , com média de 45 mil habitantes;
b. Centros de zonas B- 364 cidades, com média de 23 mil habitantes.
5. Centro local - as demais 4 473 cidades brasileiras, com média de 8 133 habitantes e cujos serviços atendem somente a população local, não polarizam nenhum outro município , só são polarizados. É importante destacar que o mapa mostra as regiões de influência econômica das cidades sem se preocupar com a classificação das regiões metropolitanas legalmente reconhecidas. Ele é importante para os governos (federal, estaduais e municipais) e a iniciativa privada planejarem a distribuição espacial dos serviços oferecidos à população.