Como vimos, a metodologia utilizada na definição das populações urbana e rural resulta em distorções. É inquestionável , entretanto , que os índices de população urbana vêm aumentando em quase todo o país em razão da migração rural-urbana, embora atualmente esta seja menos intensa que nas décadas anteriores. Segundo dados do IBGE , a região Nordeste , a menos urbanizada , apresentou em 2008 o índice de 72,4% de população urbana , contra 26,4% em 1940. Como a metodologia de coleta de dados ao longo do período 1950-2008 foi a mesma, incremento urbano é evidente . Observe que o Centro Oeste- apresenta o segundo maior índice de urbanização entre as regiões brasileiras . Isso se explica por dois fatores : a presença do Distrito Federal , cuja população (cerca de 2,5 milhões de habitantes em 2008) mora dentro do perímetro urbano ; e a abertura de rodovias e expansão das fronteiras agrícolas com pecuária e agricultura mecanizada (que usam pouca mão de obra ) que promovem crescimento urbano nas cidades já existentes e surgimento de outras.Atualmente a distinção entre população urbana e rural tornou-se mais complexa , pois é considerável o número de pessoas que trabalham em atividades rurais e residem nas cidades, assim como de moradores da área rural que trabalham no meio urbano.
São inúmeras as cidades que nasceram e cresceram em regiões do paós que têm a agroindústria como mola propulsora das atividades econômicas secundárias e terciárias. Ao mesmo tempo , vem aumentando e se diversificando o número de atividades econômicas secundárias e terciárias instaladas na zona rural , que assim, e torna cada vez mais integrada à cidade.