A Teoria de Münch


Em 1930, Münch formulou a teoria do fluxo sob pressão, o qual, na realidade devido a uma diferença de pressão. Para demonstrá-lá , ele propôs o modelo físico . Consideramos dois balões de membranas semipermeáveis (osmômetros) A e B. O balão A contém uma solução concentrada de açúcar , e o B, apenas água. Esses balões , ligados por um tubo F, são mergulhados em duas cubas com água, ligadas por um tubo X. Inicialmente , A recebe água por osmose; o volume interno aumenta e a solução de açúcar se desloca em F, no sentido de B . A pressão hidrostática em B força então uma saída de água para a cuba correspondente. Assim, pelo tubo X , a água retorna à Cuba que envolve A. Os sentidos em F e X são, portanto, inversos. Se pudermos manter indefinidamente a diferença de concentração entre A e B , ou acrescentando mais solutos em A, ou retirando os de B, a solução em F se deslocará continuamente , sob pressão , de A para B. Esse modelo físico pode ser comparado , na planta , aos seguintes tecidos ou órgãos: A: Parênquimas clorofilianos das folhas , nos quais a alta concentração é determinada pelos açúcares solúveis (glicose), produzidos por fotossíntese ; B : Parênquimas das raízes , nos quais a baixa concentração deve-se à transformação dos açúcares solúveis em insolúveis (amido) , ou ainda ao consumo desses açúcares. O tubo F é representado pelos vasos liberianos (floema), que transportam q seiva , sob pressão , de A para B. O tubo X é o lenho (xilema), que transporta a água de B para A , fazendo-a chegar às folhas. Conclui-se , portanto, que a pressão de deslocamento , originada por forças osmóticas , mantém um gradiente decrescente de A(Órgãos produtores)  para B ( Órgãos consumidores), ou seja, A mantêm-se em altas concentrações e B , em baixas concentrações.