Política Agrícola Nos Estados Unidos



Os Estados Unidos detêm hoje o maior índice de produtividade agrícola do planeta. Apesar de empregarem apenas 3% da sua População Economicamente Ativa nesse setor, são os maiores produtores e exportadores. Essa grande produtividade deve-se , boa parte , à estreita relação entre a agricultura e a indústria e à consequente intensificação do processo de mecanização do setor agrícola. Foi essa forte integração entre os setores agrícola e industrial que cunhou a expressão "agricultura industrializada". Uma diferença fundamental da política agrícola norte-americana em relação à européia e à japonesa é o fato de o governo bancar o custo da subvenção , sem transferir para o consumidor a diferença de preços. Nos Estados Unidos , os preços do mercado interno não são superiores aos do mercado internacional. Mas a subvenção extremamente elevada é contraditória em relação à receita neoliberal de não-interferência do Estado nas atividades econômicas , bastante propalada pelo governo dos Estados Unidos. Entre 1993 e 1997 , o governo norte-americano destinou aos agricultores uma subvenção equivalente a 180 bilhões de dólares, cerca da terça parte do PIB brasileiro em 2003. Em 2001 , o trigo norte-americano foi exportado com um valor de 44% inferior ao seu custo de produção. Existem quatro características marcantes na agricultura dos EUA: 

-Empresas que atuam em vários países do mundo- produzindo, distribuindo e comercializando alimentos - , particularmente na América Central, como a Chiquita Brands International (ex-United Fruit); O forte investimento em biotecnologia , por meio de instituições de pesquisas e empresas como a Monsanto e a Celera Genomis;

-A organização do espaço agrário em belts (cinturões agrícolas), onde ocorre a predominância de um determinado produto , adaptado às condições de clima , solo e mercado;

-O elevado grau de mecanização em todas as etapas o processo, desde o cultivo até o beneficiamento do produto.