Os Tecidos Tegumentares


Os tecidos tegumentares abrangem a epiderme e todas as suas estruturas anexas , responsáveis pela proteção dos vários órgãos da planta. Suas células têm paredes celulósicas bastante resistentes e impermeáveis devido à impregnação de várias substâncias ou camadas depositadas nas suas superfícies externas. Assim, há cutículas de cutina, uma lipídio que reduz a transpiração, nas folhas e suberina , outro lipídio , nas camadas externas do caule de plantas de clima árido. O súber é um tecido morto, impermeabilizante e isolante térmico ( é a cortiça , de interesse econômico) . As folhas da carnaúba , alguns frutos (ameixa , maça , uva) e o caule da cana-de-açúcar acumulam ceras, também impermeabilizantes, que reduzem a transpiração e a estagnação de água. Há também impregnação de cálcio e silício , que torna as folhas duras , com bordas cortantes , caso da cana, do capim-navalha e de outras gramíneas. Há , ainda , várias estruturas que constituem a epiderme , com funções específicas. As mais comuns são os pêlos ou tricomas, que se distribuem por todos os órgãos das plantas. Eles podem ser uni- ou pluricelulares ; vivos ou mortos; secretores ou não; filamentares, estrelados ou escamosos; além de absorventes. Os estômatos , que garantem as trocas de gases entre folhas e o meio; os hidatódios, semelhantes aos estômatos, que eliminam água na forma líquida (gutação), e as lenticelas , nos caules, que permitem trocas gasosas , também são estruturas tegumentares.    Os acúleos, de roseiras , diferem dos espinhos lenhosos por se originarem apenas de células epidermais reforçadas.