Como para os demais países do Terceiro Mundo , é difícil para a América Latina manter uma posição de não-alinhamento. As pressões econômicas praticamente obrigam a uma opção entre os sistema capitalista e o socialista. O capitalista tem tido a predominância. A relação de dependência econômica tem suas raízes no processo de independência política. A maioria dos países latino-americanos viveu a exploração colonial , o que não lhes permitiu o acúmulo de capitais. Os países recém-independentes precisavam de auxílio financeiro e recorrem à Inglaterra. Ao término das grandes mundiais , trocou-se de credor: em lugar da Inglaterra , optou-se pelos EUA , que passaram a financiar investimentos aos latino-americanos. Tentativas de desenvolvimento autônomo e de orientação socialista (Chile , Cuba , Nicarágua ) foram duramente reprimidas pelo governo norte-americano , que , apesar de defender a soberania dos povos , não admite ruptura no bloco capitalista. Para defender sua influência ideológica, o bloco capitalista prefere apoiar governos ditatoriais, impostos normalmente através de golpes de Estado, e se compromete a uma política de abertura aos investimentos estrangeiros. Também mantém suas alianças com governantes democráticos que se afinam com os interesses capitalistas mundiais, que , despeito da miséria do povo , asseguram a continuidade do vínculo político-econômico vigente. A deterioração da situação econômica do Terceiro Mundo, principalmente após a crise do petróleo (1973) , fortaleceu a dependência financeira. A alta dos jutos bancários obrigou inúmeros países a recorrerem ao FMI (Fundo Monetário Internacional). Esse órgão vem adotando medidas econômicas administrativas que atendem primeiramente ao credor , prejudicando o devedor. As decisões do FMI comportam sérios sacrifícios por parte da população dos países devedores, reduzindo o poder de consumo e retardando o desenvolvimento interno das nações.